quinta-feira, 9 de junho de 2011

Reflexões

Caminhando pelo centro de Florianópolis numa destas manhãs de outono, em companhia de minha esposa, observava as pessoas. Todas andando em sentidos diferentes. Umas com objetivos traçados, outras com lugares certos a chegar e muitas apenas vagando. Vagando em pensamentos e sentimentos.
Todos aqueles personagens da vida buscando seu espaço, ou apenas vivendo seu momento até que sua missão neste plano seja cumprida. O cenário é diversificado. Construções centenárias, arquiteturas modernas, empreendimentos gastronômicos, lojas de confecções, senhores e senhoras com as marcas da vida em suas faces comercializando relógios, cocadas, bilhetes de loteria, balas e todo o tipo de coisa, que possa ser útil ou inútil para alguém, que compra em sua maioria, para ajudar.
Entre os personagens marcantes deste cenário, que em partes cheira esgoto, comida, fumaça dos carros e ônibus estão os pedintes, as velhas índias e suas crianças a tira-colo vendendo artesanato, os flanelinhas, a guarda municipal e as pessoas, que em meio a tudo isso buscam no âmago de seu ser, um pouco de paz e felicidade. Ao observar toda essa gente, veio à mente a frase de Carlos Drummond de Andrade: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”.
Este momento de introspecção e reflexão no centro de Florianópolis, observando o seu todo, entre pessoas, ações e emoções que chego à conclusão de que a busca por esta felicidade está no cotidiano, no bem tratar o próximo, no amor incondicional a família e aos amigos. Portanto, parafraseando George Sand “só há uma felicidade nesta vida, amar e ser amado".

Jornalista Ricardo Portelinha